quinta-feira, 3 de março de 2016

As Rosas


 As Rosas
Rosas que desabrochais, 
Como os primeiros amores, 
Aos suaves resplendores 
          Matinais; 

Em vão ostentais, em vão, 
A vossa graça suprema; 
De pouco vale; é o diadema 
          Da ilusão. 

Em vão encheis de aroma o ar da tarde; 
Em vão abris o seio úmido e fresco 
Do sol nascente aos beijos amorosos; 
Em vão ornais a fronte à meiga virgem; 
Em vão, como penhor de puro afeto, 
          Como um elo das almas, 
Passais do seio amante ao seio amante; 
          Lá bate a hora infausta 
Em que é força morrer; as folhas lindas 
Perdem o viço da manhã primeira, 
          As graças e o perfume. 
Rosas que sois então? – Restos perdidos, 
Folhas mortas que o tempo esquece, e espalha 
Brisa do inverno ou mão indiferente. 

          Tal é o vosso destino, 
          Ó filhas da natureza; 
          Em que vos pese à beleza, 
                   Pereceis; 
          Mas, não... Se a mão de um poeta 
          Vos cultiva agora, ó rosas, 
          Mais vivas, mais jubilosas, 
                   Floresceis. 

Machado de Assis, in 'Crisálidas' 













Lírio-da-paz

Lírio-da-paz
(Spathiphylum wallisii)
Originário da América Central, o lírio-da-paz (Spathiphylum wallisii ) é uma planta de porte altivo e elegante, suas folhas, de um verde intenso, contrastam com o branco puro de suas flores. Propaga-se por meio de sementes, divisão de touceiras ou por micropropagação e seu florescimento ocorre duas vezes ao ano: de janeiro a março e de julho a setembro.
O lírio-da-paz pode ser cultivado sob árvores e em canteiros onde não haja sol direto.
FONTE http://www.fazfacil.com.br/jardim/lirio-da-paz-spathiphyllum/

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