quinta-feira, 25 de abril de 2013

CURSO


         
EBM. MARIA LOVATEL PIRES
INEP - 42089883
RUA: JANUÁRIO DE ASSIS CORTE, S/Nº
BAIRRO: ALTO DA TIJUCA
CANOINHAS - SC


POR: MARCIA TEREZINHA SALAI
          PATRICIA PEIXOTO DE MELLO HERBST
          TATIANE CRISTINA LOPES DE ALBUQUERQUE
TUTORA: CYNTHIA VIEIRA RODRIGUES

RELATÓRIO-SÍNTESE AVALIATIVO
O RESGATE DA AUTORIDADE NA FAMÍLIA E NA ESCOLA





ABRIL/ 2013



RELATÓRIO-SÍNTESE AVALIATIVO

A Escola Básica Municipal “Maria Lovatel Pires”, ao elaborar o seu Projeto Político Pedagógico fundamenta-se na preocupação central com o ALUNO.
Com a observação na comunidade, registros no Serviço de Orientação Educacional e o relato informal por parte de alguns alunos em nossa unidade escolar têm muitos pais, mães ou responsáveis que utilizam bebidas alcoólicas e o tabaco; apontamos como um fator de risco a existência de bares na comunidade que está inserida a escola e também recebemos alunos da zona rural e nestas comunidades repete-se o mesmo fator de risco, ou seja, a existência de bares; outros fatores de risco são: adultos no ambiente familiar consumindo cigarro e bebidas alcoólicas; crianças e adolescentes provenientes de famílias que apresentam relações conflituosas; baixo investimento familiar em relação ao projeto de vida do adolescente e famílias ausentes no âmbito escola.
Percebemos a necessidade de intensificar o trabalho com as famílias, assim, no ano de 2010 surgiu o Projeto Encontro de Pais – Grupo FEC – Família e Escola Comprometida, no entanto, não atingimos cem por cento das famílias e os temas  trabalhados são amplos; queríamos pensar num  Projeto de Prevenção ao uso de Drogas que trabalhasse com os pais, mães ou responsáveis, dos alunos que estão mais vulneráveis, ou seja, trabalho centrado na família dos adolescentes.
No entanto, nos sentíamos despreparadas para trabalhar esse tema com as famílias, aí foi apresentado via e-mail o curso de Prevenção do Uso de Drogas para Educadores de Escolas Públicas e nos inscrevemos, havia um pré-requisito para aceitação de nossa inscrição, deveríamos conseguir cinco componentes da escola e por mais que nos esforçássemos conseguimos um grupo de três pessoas.
Foi uma grande alegria quando houve a confirmação de nossa inscrição e pudemos iniciar o curso.
Iniciamos o curso, recebemos o material e a cada módulo fomos adquirindo conhecimentos para internalizar com nossas reflexões que “as escolas estão em posição privilegiada para promover e manter a saúde das crianças, adolescentes, educadores, funcionários da escola e comunidade do entorno”; fomos nos embasando teoricamente e adquirindo segurança para o trabalho com as famílias.
Para elaborar o Projeto de Prevenção procuramos resgatar informações sobre o uso indevido de drogas lícitas e ilícitas tanto entre os educandos, suas famílias como também entre os  educadores, sem mascarar sua realidade.
O Projeto pensado pelo grupo elencou várias ações onde a primeira já foi realizada onde apresentamos para  os segmentos escolares, ou seja, direção, professores, funcionários e alunos  o Projeto de Prevenção do Uso de Drogas;
As ações colocadas como objetivos específicos no Projeto - Promover encontro de pais em forma de oficinas ampliando o universo de conhecimento dos mesmos sobre a temática; e - Sensibilizar as famílias para a necessidade da integração com a escola e importância do diálogo com o jovem faremos em forma de oficinas ao findar os quatro bimestres letivos, ressaltamos que são encontros para trabalharmos o Projeto não ocorrendo nas reuniões de entrega de boletins escolares.

            Na apresentação do Projeto O RESGATE DA AUTORIDADE NA FAMÍLIA E NA ESCOLA, os presentes concordaram sobre a importância de se realizar o trabalho com as famílias, buscando estas como parceiras e propondo trabalho coletivo. O mais importante nos encontros passa a ser: trabalhar o sentido de “pertencimento”, da família, do adolescente – “pertencer a um lugar, ser parte, construindo na coletividade”; refletir sobre o sentido da existência, sobre o significado de nossos atos, sobre os valores que cada um pode optar, em função de sua liberdade pessoal, de suas crenças, mas, pelos quais tem que se responsabilizar.
O Projeto de Prevenção pensado para ser aplicado em 2013 quer ultrapassar a concepção do modelo biológico, que vê o abuso de drogas como doença.
A abordagem sistêmica da drogadição é a proposta que se delineia para os adolescentes de maneira geral e adolescentes em situação de risco pelo envolvimento com drogas.
Entendemos que o acesso à informação sobre as drogas deve ser garantido como direito da população e prioridade nas políticas públicas. Precisamos reconhecer que é um direito de cidadania ter acesso à informação sobre drogas, bem como obter um espaço de atendimento não repressor e de cuidado pessoal com a saúde.
As situações de risco a serem abordadas extrapolam o consumo de drogas, incluindo-se aquelas relativas ao contexto dos pares de consumo, do acesso e compra das drogas e dos meios para financiar a compra.
O que a realidade mostra em relação aos  adolescentes envolvidos com drogas  é que os mesmos vivem uma  espécie de descrédito total quanto a uma vida fora da marginalidade.
A família, pais, mães ou responsáveis, procuram a escola solicitando ajuda, pois  já estão ao ponto de desistir, mas não por falta de amor: por falta de crédito neles mesmos como pais. Por vezes, pedem a internação do filho como única saída vislumbrada para protegê-lo.
Quando realizamos os processos de revisão, socialização e implementação da primeira ação percebemos com mais clareza que, quando a família não está preparada ou em condições de apoiar o filho, este procura evitá-la e se afasta da mesma, de certa forma para protegê-la do contato com o mundo de violência e ameaças em que vive. Todos precisam de um trabalho integrado que os auxilie diante do crescente índice de jovens que fazem uso de drogas lícitas ou ilícitas.
As conquistas e ganhos obtidos a nível pessoal que o grupo destaca foi a conceituação das políticas públicas para a educação e saúde do estudante pautados na construção da autonomia, pela inclusão e pelo respeito a diversidade, no nível profissional foi por unanimidade a abordagem sistêmica, no nível grupal foi quando elencamos os fatores de risco, foi como se fotografássemos nossa comunidade.
Vemos como conquista a nível institucional o conhecimento dos programas de promoção de saúde integrados na Política Nacional de Educação Integral, onde destacamos os programas: Saúde na Escola, Saúde e Prevenção nas Escolas e Mais Educação, este nossa Unidade Escolar não foi contemplada mas temos parceria com a Secretaria de Educação e oferecemos Atividades Curriculares Complementares o que foi  positivo para todos os participantes e em especial aos educandos em situação de risco.
No nível comunitário destacamos o conhecimento obtido da comunidade em que estamos inseridos.
Desafios enfrentados registramos  no nível pessoal a dificuldade de detectar todos os fatores de risco, no nível profissional percebemos que não atingimos a totalidade dos profissionais para o trabalho preventivo baseado no acolhimento, temos infelizmente colegas que agem com posturas preconceituosas.
                Perspectivas futuras de continuidade destacamos a necessidade de inserir no Projeto político Pedagógico da Unidade Escolar o Projeto O RESGATE DA AUTORIDADE NA FAMÍLIA E NA ESCOLA.
 Concluímos que houve avanços no trabalho preventivo, na nossa postura como educadoras, como também a conscientização do grupo que representamos multiplicadores no trabalho de prevenção, lembrando dos “quatro fantásticos” muito trabalho a fazer, seja com a família ou com os educandos e principalmente com os colegas educadores.







Meus gatos!!!

LINDOS...