EBM. MARIA
LOVATEL PIRES
INEP - 42089883
RUA: JANUÁRIO
DE ASSIS CORTE, S/Nº
BAIRRO: ALTO DA
TIJUCA
CANOINHAS - SC
POR: MARCIA
TEREZINHA SALAI
PATRICIA PEIXOTO DE MELLO HERBST
TATIANE CRISTINA LOPES DE ALBUQUERQUE
TUTORA: CYNTHIA
VIEIRA RODRIGUES
RELATÓRIO-SÍNTESE
AVALIATIVO
O RESGATE DA
AUTORIDADE NA FAMÍLIA E NA ESCOLA
ABRIL/
2013
RELATÓRIO-SÍNTESE AVALIATIVO
A Escola Básica Municipal “Maria
Lovatel Pires”, ao elaborar o seu Projeto Político Pedagógico fundamenta-se na
preocupação central com o ALUNO.
Com
a observação na comunidade, registros no Serviço de Orientação Educacional e o
relato informal por parte de alguns alunos em nossa unidade escolar têm muitos
pais, mães ou responsáveis que utilizam bebidas alcoólicas e o tabaco;
apontamos como um fator de risco a existência de bares na comunidade que está
inserida a escola e também recebemos alunos da zona rural e nestas comunidades
repete-se o mesmo fator de risco, ou seja, a existência de bares; outros fatores de risco são:
adultos no ambiente familiar consumindo cigarro e bebidas alcoólicas; crianças
e adolescentes provenientes de famílias que apresentam relações conflituosas;
baixo investimento familiar em relação ao projeto de vida do adolescente e
famílias ausentes no âmbito escola.
Percebemos
a necessidade de intensificar o trabalho com as famílias, assim, no ano de 2010
surgiu o Projeto Encontro de Pais – Grupo FEC – Família e Escola Comprometida,
no entanto, não atingimos cem por cento das famílias e os temas trabalhados são amplos; queríamos pensar num Projeto de Prevenção ao uso de Drogas que
trabalhasse com os pais, mães ou responsáveis, dos alunos que estão mais
vulneráveis, ou seja, trabalho centrado na família dos adolescentes.
No
entanto, nos sentíamos despreparadas para trabalhar esse tema com as famílias,
aí foi apresentado via e-mail o curso de Prevenção do Uso de Drogas para
Educadores de Escolas Públicas e nos inscrevemos, havia um pré-requisito para
aceitação de nossa inscrição, deveríamos conseguir cinco componentes da escola
e por mais que nos esforçássemos conseguimos um grupo de três pessoas.
Foi
uma grande alegria quando houve a confirmação de nossa inscrição e pudemos
iniciar o curso.
Iniciamos
o curso, recebemos o material e a cada módulo fomos adquirindo conhecimentos
para internalizar com nossas reflexões que “as escolas estão em posição
privilegiada para promover e manter a saúde das crianças, adolescentes,
educadores, funcionários da escola e comunidade do entorno”; fomos nos
embasando teoricamente e adquirindo segurança para o trabalho com as famílias.
Para
elaborar o Projeto de Prevenção procuramos resgatar informações sobre o uso
indevido de drogas lícitas e ilícitas tanto entre os educandos, suas famílias
como também entre os educadores, sem
mascarar sua realidade.
O
Projeto pensado pelo grupo elencou várias ações onde a primeira já foi
realizada onde apresentamos para os
segmentos escolares, ou seja, direção, professores, funcionários e alunos o Projeto de Prevenção do Uso de Drogas;
As
ações colocadas como objetivos específicos no Projeto - Promover encontro de
pais em forma de oficinas ampliando o universo de conhecimento dos mesmos sobre
a temática; e - Sensibilizar as famílias para a necessidade da integração com a
escola e importância do diálogo com o jovem faremos em forma de oficinas ao
findar os quatro bimestres letivos, ressaltamos que são encontros para
trabalharmos o Projeto não ocorrendo nas reuniões de entrega de boletins
escolares.
Na apresentação do
Projeto O RESGATE DA AUTORIDADE NA FAMÍLIA E NA ESCOLA, os presentes
concordaram sobre a importância de se realizar o trabalho com as famílias,
buscando estas como parceiras e propondo trabalho coletivo. O mais importante
nos encontros passa a ser: trabalhar o sentido de “pertencimento”, da família,
do adolescente – “pertencer a um lugar, ser parte, construindo na
coletividade”; refletir sobre o sentido da existência, sobre o significado de
nossos atos, sobre os valores que cada um pode optar, em função de sua
liberdade pessoal, de suas crenças, mas, pelos quais tem que se
responsabilizar.
O Projeto de Prevenção pensado
para ser aplicado em 2013 quer ultrapassar a concepção do modelo biológico, que
vê o abuso de drogas como doença.
A
abordagem sistêmica da drogadição é a proposta que se delineia para os adolescentes
de maneira geral e adolescentes em situação de risco pelo envolvimento com
drogas.
Entendemos que o acesso à informação sobre as drogas
deve ser garantido como direito da população e prioridade nas políticas
públicas. Precisamos reconhecer que é um direito de cidadania ter acesso à
informação sobre drogas, bem como obter
um espaço de atendimento não repressor e de cuidado pessoal com a saúde.
As situações de risco a serem
abordadas extrapolam o consumo de drogas, incluindo-se aquelas relativas ao
contexto dos pares de consumo, do acesso e compra das drogas e dos meios para
financiar a compra.
O que a realidade mostra em
relação aos adolescentes envolvidos com
drogas é que os mesmos vivem uma espécie de descrédito total quanto a uma vida
fora da marginalidade.
A família, pais, mães ou
responsáveis, procuram a escola solicitando ajuda, pois já estão ao ponto de desistir, mas não por
falta de amor: por falta de crédito neles mesmos como pais. Por vezes, pedem a
internação do filho como única saída vislumbrada para protegê-lo.
Quando realizamos os processos de
revisão, socialização e implementação da primeira ação percebemos com mais
clareza que, quando a família não está preparada ou em condições de apoiar o
filho, este procura evitá-la e se afasta da mesma, de certa forma para
protegê-la do contato com o mundo de violência e ameaças em que vive. Todos
precisam de um trabalho integrado que os auxilie diante do crescente índice de
jovens que fazem uso de drogas lícitas ou ilícitas.
As conquistas e ganhos obtidos a
nível pessoal que o grupo destaca foi a conceituação das políticas públicas
para a educação e saúde do estudante pautados na construção da autonomia, pela
inclusão e pelo respeito a diversidade, no nível profissional foi por
unanimidade a abordagem sistêmica, no nível grupal foi quando elencamos os
fatores de risco, foi como se fotografássemos nossa comunidade.
Vemos como conquista a nível
institucional o conhecimento dos programas de promoção de saúde integrados na
Política Nacional de Educação Integral, onde destacamos os programas: Saúde na
Escola, Saúde e Prevenção nas Escolas e Mais Educação, este nossa Unidade
Escolar não foi contemplada mas temos parceria com a Secretaria de Educação e
oferecemos Atividades Curriculares Complementares o que foi positivo para todos os participantes e em
especial aos educandos em situação de risco.
No nível comunitário destacamos o
conhecimento obtido da comunidade em que estamos inseridos.
Desafios enfrentados registramos no nível pessoal a dificuldade de detectar
todos os fatores de risco, no nível profissional percebemos que não atingimos a
totalidade dos profissionais para o trabalho preventivo baseado no acolhimento,
temos infelizmente colegas que agem com posturas preconceituosas.
Perspectivas futuras de continuidade
destacamos a necessidade de inserir no Projeto político Pedagógico da Unidade
Escolar o Projeto O RESGATE DA AUTORIDADE NA FAMÍLIA E NA ESCOLA.
Concluímos que houve avanços no trabalho
preventivo, na nossa postura como educadoras, como também a conscientização do
grupo que representamos multiplicadores no trabalho de prevenção, lembrando dos
“quatro fantásticos” muito trabalho a fazer, seja com a família ou com os
educandos e principalmente com os colegas educadores.
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