CASULO
Lembro-me da manhã em que eu
havia descoberto um casulo na casca de uma árvore, no momento em que a
BORBOLETA rompia o invólucro e se preparava para sair. Esperei bastante tempo,
mas estava demorando muito... e eu estava com pressa.
Irritado,
curvei-me e comecei a esquentá-lo com meu hálito. Eu o esquentava impaciente e
o milagre começou a acontecer diante de mim a um ritmo mais rápido que o
natural. O invólucro se abriu e a borboleta saiu se arrastando. NUNCA HEI DE
ESQUECER O HORROR QUE SENTI então: suas asas ainda não estavam abertas, com
todo o seu corpinho que tremia, ela se esforçava para desdobrá-las.
Curvando
para cima dela, eu a ajudava com meu hálito. EM VÃO. Era necessária uma
paciente maturação e o desenrolar das asas devia ser feito lentamente, AGORA
ERA TARDE DEMAIS.
Meu
sopro obrigara a borboleta a se mostrar toda amarrotada antes do tempo. Ela se
agitou desesperada e, algum segundo depois, morreu na palma da minha mão.
Aquele
pequeno cadáver é, eu acho, o peso maior que tenho na consciência. Pois hoje,
entendo bem isso.
É
UM PECADO FORÇAR AS GRANDES LEIS, TEMOS QUE NÃO NOS APRESSAR, NÃO FICAR
IMPACIENTES E SEGUIR COM CONFIANÇA O RITMO ETERNO. ( Nikos Kazantakis)
METODOLOGIA
- LEITURA DO TEXTO
- REFLEXÕES SOBRE O TEXTO E TRANSPORTANDO SITUAÇÕES QUE OCORREM NA NOSSA VIDA
- LINHA DA VIDA - FASES
- ADEQUAR ATIVIDADE CONFORME A SÉRIE
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